Jorge Antunes: 60 anos de uma trajetória musical desbravadora

Música eletrônica surge no Brasil em 1961 com a Pequena Peça em Mi Bequadro e Harmônicos

A gravação de Valsa Sideral, de Jorge Antunes, primeira no Brasil a utilizar exclusivamente instrumentos eletrônicos, certamente será celebrada em 2022, quando completará 60 anos. Mas como o ano de 2021 vai chegando ao fim e não vi ninguém recordando os 60 anos de sua composição eletrônica pioneira – Pequena Peça em Mi Bequadro e Harmônicos – me motivo a fazer essa lembrança. (Não afirmo que ninguém tenha lembrado do fato, eu apenas não vi.)

Lembre o ano de 1961 (se você não estava vivo, deve ter lido e ter informações a respeito). Imagine o cenário musical, cultural e político etc. Agora ouça o que fez Jorge Antunes, então com 19 anos, na sala de sua casa na Rua Orestes, região portuária do Rio de Janeiro, com instrumentos eletrônicos por ele produzidos e equipamentos de gravação caseiros. A gravação, feita entre outubro e novembro de 1961, é linda e surpreendente. Há ali um piano, o que faz com que Valsa Sideral seja celebrada como a pioneira em sons exclusivamente eletrônicos.

Não foi um disco, muito menos tocou no rádio, mas o gênio gravou. Foi para o CD apenas em 1993 no disco Jorge Antunes, Musica Eletroacústica – Período do Pioneirismo, publicado pela ABM Digital (Academia Brasileira de Musica).

Pequena Peça em Mi Bequadro e Harmônicos, gravação caseira de Jorge Antunes feita em 1961

O que inspirou Antunes a enveredar por este caminho foi o Concerto de Música Eletrônica realizado no Teatro Municipal do Rio no dia 24 de setembro de 1961, poucas semanas antes, portanto, de ele iniciar a sua primeira gravação. Sob a regência do maestro Eleazar de Carvalho, a apresentação teve no programa a composição Kontakte, do alemão Karlheinz Stockhausen, para sons eletrônicos, piano e percussão.

Além de estudante de música, Antunes era radio-técnico desde 1959. Com os conhecimentos de eletrônica, fez seu primeiro instrumento: um gerador de ondas dente-de-serra. E por aí vai uma longa e prolífica história que pode ser conferida em detalhes, por exemplo, no livro Uma Poética Musical Brasileira e Revolucionária, que tem o próprio maestro como organizador. Antunes não se ateve somente ao eletrônico. Ele tem uma obra vasta e altamente premiada e reconhecida internacionalmente. Quem quiser saber mais, pode começar visitando o site http://www.jorgeantunes.com.br.

PS: Para ajudar a contextualizar, seria interessante perguntar: onde estavam Pink Floyd e Kraftwerk, por exemplo, em 1961? Eles nem existiam…

Jorge Antunes na sala de sua casa, no Rio de Janeiro, década de 1960.

Rádio Nacional da Amazônia avança para a transmissão digital DRM com 100 kW

A BT Transmitters, de Porto Alegre, assinou contrato com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) para a produção de um transmissor de 100 kW no sistema digital DRM. O equipamento será utilizado na frequência de 11.780 kHz na faixa de 25 metros, que é um dos canais de ondas curtas utilizados pela Rádio Nacional da Amazônia desde 1977.

A compra, no valor de R$ 3,5 milhões, é resultado de pregão eletrônico realizado em agosto de 2020, no qual estão previstas aquisições de outros equipamentos para as emissões das rádios públicas da EBC. Agora começa o processo de produção do transmissor. A Nacional da Amazônia realizou, no final do ano passado, testes com a tecnologia DRM usando a potência de apenas 1 kW. Mesmo assim, foram reportadas escutas de diversas regiões do país, América do Norte e Europa. https://radiolab.blog.br/2020/11/25/comeca-transmissao-de-radio-digital-em-onda-curta-no-brasil/

O sistema DRM (Digital Radio Mondiale) proporciona economia de até 80% no consumo de energia elétrica para a transmissão, qualidade de som superior ao FM, além de permitir envio de imagens ao receptor. DRM é um consórcio mundial sobre o qual mais informações podem ser obtidas em drm.org.

Reprodução permitida desde que citado o link: radiolab.blog.br

Antenas da Rádio Nacional da Amazônia, no Parque do Rodeador, em Brasília. Foto: Lucio Haeser

Há 48 anos, deboche contra militares tirou do ar a Rádio Continental de Porto Alegre

Em 25 de agosto de 1973, a Rádio Continental 1120 AM de Porto Alegre colocou no ar um noticiário que lhe custou uma punição pesada. Foi obrigada a ficar três dias fora do ar. A partir de 1971, sob a direção de Fernando Westphalen, o Judeu, a emissora adotou um tom crítico à ditadura implantada em 1964. Mas naquela manhã de sábado o redator Oscar Flores pisou mais fundo.

Era dia de abertura da 36ª Expointer, na vizinha cidade de Esteio, e, como era o Dia do Soldado, da entrega da Medalha do Pacificador, em frente ao Colégio Militar, no Parque da Redenção, não muito distante da sede da rádio. A Medalha do Pacificador é a mais alta honraria concedida pelo Exército brasileiro.

A redação do noticiário 1120 é Notícia naquela manhã cabia ao jovem Oscar Flores, 23 anos. O texto da rádio era descontraído e cheio de gírias típicas da juventude portoalegrense da época. Como é costume, o locutor sempre lê o texto antes de levá-lo ao ar. Foi o que fez Wladimir Oliveira que, surpreso, questionou Oscar: “Tu vais colocar isso aqui no ar?”. O redator não teve dúvida: “Vou.”

E assim foi ao ar.

Tratar a cerimônia da Medalha do Pacificador como “entrega de latinhas a alguns militares” entornou o caldo. Foi aberto processo no Ministério da Justiça e, quase dois meses depois, em 24 de outubro de 1973, a rádio foi notificada da punição: 72 horas fora do ar, o que foi cumprido imediatamente.

A Rádio Continental passou a receber atenção especial da Censura e de movimentos anticomunistas, inclusive com ameaças à integridade física de seus diretores e funcionários. Há muitos outros detalhes interessantes sobre o episódio, mas, por hoje, fica esse registro. O caso também está narrado no livro Continental, a Rádio Rebelde de Roberto Marinho, da Editora Insular. Ressalto que o livro reproduziu em parte o texto levado ao ar, mas essa é a primeira vez que ele é exibido na íntegra, isso graças à generosidade do pesquisador Emílio Pacheco, que o localizou.

Gravações originais da Continental 1120 pode ser ouvidas na web rádio www.continental1120.com.

A resistência na Rádio Nacional de Brasília foi até a consumação do golpe, na madrugada de 2 de abril

Após os acontecimentos narrados no post anterior, a madrugada de 1º de abril de 1964 na Rádio Nacional do Rio de Janeiro teve uma sequência discursos e entrevistas contra o golpe em andamento. Foram ministros, deputados, sindicalistas e estudantes. Também a Rádio Nacional de Brasília fazia desde a noite de 31 de março uma programação de resistência baseada na escuta que fazia da coirmã do Rio. Ambas as emissoras, vale recordar, eram vozes oficiais dos governos brasileiros desde os anos 1940.

Jango, que na noite de 31 de março para 1º de abril estava no Rio de Janeiro, abandona a cidade em direção a Brasília às 12h45. À tarde, com a situação fragilizada, e com o golpe já sendo comemorado nas ruas do Rio, forças do Exército tomaram os transmissores da Nacional em Parada de Lucas às 15h45. É quando se dá a debandada da resistência nos estúdios da rádio. Não sem antes providenciar na retirada de peças estratégicas para o retorno da emissora ao ar. Foram retirados fusíveis, válvulas e o cristal do transmissor em FM que fazia a ligação do estúdio com a torre em Parada de Lucas.

Na Rádio Nacional de Brasília a programação seguia normal naquele 31 de março. Durante o dia, o diretor geral, Edmo do Vale, procurava informações, inclusive no Palácio da Alvorada. A situação mudou às 22h, quando, segundo o relatório da comissão de sindicância, seis pessoas oriundas do Gabinete Civil da Presidência foram encaminhadas para a rádio por Darcy Ribeiro, ministro-chefe da Casa Civil de Jango.

A missão era dirigir e auxiliar o trabalho da Divisão de Jornalismo. “Foi organizada uma equipe de trabalho para a organização de notas para divulgação. A ordem recebida foi para entrarem na escuta da Rádio Nacional do Rio e gravarem seus pronunciamentos para divulgação. … Esse trabalho iniciado cerca das 22h30 de 31 de março prolongou-se pelo dia 1º até a madrugada de 2, quando a emissora saiu do ar.” No entanto, a redação de notas e a escuta da Nacional do Rio logo tornou-se desnecessária pois diversos deputados, sindicalistas e outros defensores de Jango chegaram ao estúdio onde formaram mesa redonda para tentar rechaçar o golpe.

A ação foi fervilhante na madrugada toda. Planejou-se um comício no Teatro Nacional com a cobertura ao vivo pela Rádio Nacional para a manhã e tarde daquele dia. Conforme o relatório, o movimento na rádio começou a diminuir na tarde de 1º de abril. Diz o documento: “A cobertura do comício processou-se como um dos fatos marcantes da atuação da rádio. … Por volta das 19h, Darcy Ribeiro compareceu pessoalmente à rádio tendo nesse instante entrado no ar a TV (Nacional), que também passou a fazer cobertura dos pronunciamentos, iniciando pelo de Darcy Ribeiro.”

“Com o afastamento de João Goulart de Brasília, os pronunciamentos foram diminuindo e, na madrugada de 2 de abril, a emissora saiu do ar, pelo que consta, por ordem do Gabinete Militar da Presidência da República.”

Do relatório constam falas de Jango na Nacional de Brasília, em 1º de abril, das 23h29 às 23h55 e das 24h às 0h06 (já entrando no dia 2 de abril), sendo certamente material gravado, pois ele havia deixado Brasília pouco antes, às 22h30, em direção a Porto Alegre.

A saída do ar da Nacional de Brasília, na madrugada do dia 2, ocorreu quase simultaneamente à oficialização do golpe, com o presidente do Senado, Auro de Moura Andrade, declarando vaga a presidência da República e empossando Ranieri Mazzilli, presidente da Câmara, que, de fato, nunca chegou a governar. A ditadura de 1964 estava concretizada.

O material que baseia esse relato foi obtido no Arquivo Nacional de Brasília. Em outro momento, volto a publicar mais material, inclusive com as consequências a dezenas de profissionais afastados das emissoras sob a acusação de atividades comunistas.

A resistência ao Golpe de 1964 na Rádio Nacional do Rio

Relatório confidencial, agora revelado com exclusividade por RadioLab, mostra registros oficiais do Serviço Nacional de Informações (SNI) sobre a programação e fatos ocorridos nas rádios Nacional do Rio e de Brasília no processo de deposição do presidente João Goulart

Em 31 de março de 1964, ao saber da movimentação das tropas vindas de Juiz de Fora para iniciar um golpe de Estado, a direção da Rádio Nacional do Rio de Janeiro “passou a transmitir comunicados da presidência da República sobre os acontecimentos e as providências que eram tomadas”. Essa e muitas outras informações estão em relatório do chefe da Superintendência das Empresas Incorporadas ao Patrimônio Nacional (SEIPN), Ovídio Saraiva de Carvalho Neiva, enviado em 10 de junho de 1964 ao ministro da Casa Civil, Luiz Vianna Filho. A SEIPN era a responsável pela Rádio Nacional.

O documento foi fruto do trabalho de Comissão de Sindicância constituída por determinação do Conselho de Segurança Nacional. A comissão foi integrada por quatro majores e um tenente coronel. Os trabalhos foram iniciados em 7 de maio e encerrados em 5 de junho de 1964. Foram ouvidas mais de 300 pessoas e recebidas informações do Conselho de Segurança Nacional e do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) da Guanabara.

O relatório afirma ter ficado “configurado por inúmeros depoimentos que, na Rádio Nacional, funcionava uma célula comunista originária do Departamento de Rádio Teatro”. Mais adiante, constata que “a situação comunizante da Rádio Nacional era feita pela doutrinação direta, aliciamento, correspondência procedente da Tchecoslováquia e Alemanha Oriental (farto material apreendido) enviada a elementos simpatizantes, conformados ou omissos e, o que é mais sério, por intimidação e perseguição”.

Conforme o relato de Carvalho Neiva, “nos dias que precederam a Revolução Democrática (sic), … a Rádio Nacional vinha irradiando notícias facciosas, totalmente devotadas à política governamental do sr. João Goulart, em apoio a todos os movimentos de caráter nitidamente subversivos”. Entre eles, aponta as irradiações ao vivo do Comício da Central do Brasil, em 13 março, quando Jango garantiu a realização de reformas de base, e a reunião com cerca de mil sargentos e subtenentes no Automóvel Club do Brasil, na véspera do golpe, em 30 de março.

No dia 31, fora os comunicados da presidência, a programação da Rádio Nacional do Rio seguia normal. Isso mudou às 20h. Diz o relatório que a partir daquela hora passaram a ser transmitidas “proclamações e pronunciamentos de líderes sindicais, de deputados esquerdistas e tantos outros elementos cujo único cuidado era fomentar a subversão da ordem, a deflagração de greves e incentivar a luta armada. Indivíduos, os mais desclassificados, fizeram uso do microfone da rádio”. Os estúdios na Praça Mauá e os transmissores em Parada de Lucas passaram a ser guardados por soldados do Corpo de Fuzileiros Navais armados com metralhadoras.

Por volta das 23h, o ministro da Justiça, Abelardo Jurema, pede “aos optantes da Polícia Militar para se apresentarem na Avenida Rodrigues Alves”. Já na madrugada de 1º de abril, os corredores da rádio “se encheram de comunistas, pelegos e outros elementos subversivos e a pregação aos microfones desenvolveu-se descontrolada e desenfreadamente, sem registros, só permanecendo como vestígios daquilo que foi levado ao ar as gravações (fitas magnéticas) e pedaços de papel rascunhados pelos coordenadores. Longe demais foi a audácia dos diretores da rádio que, após instalarem a Rede da Legalidade em transmissões muitas vezes em cadeia com a Rádio Mayrink Veiga e outras, culminaram com a criação da Rede Radiofônica Nacional da Legalidade”.

Prossegue amanhã.

Reprodução permitida com citação ao autor, Lucio Haeser, e com o link http://www.radiolab.blog.br

Teste de rádio digital DRM escancara oportunidade de evoluir com grande economia e mais qualidade

É hora de radiodifusores, governo e indústria acordarem para as vantagens de realmente avançar com o rádio: econômico no consumo de energia, inclusivo e adaptado aos novos tempos. Ensino a Distância é também alternativa plenamente viável devido ao envio de imagens

Depois de diversas semanas de transmissões experimentais para o Norte do país, a Rádio Nacional, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), direcionou nessa semana a antena para o Sul, atingindo principalmente as regiões Sudeste e Sul. Nesses locais, vários radioescutas que possuem receptores DRM reportam uma grande melhoria no sinal, que, na situação anterior, ficava oscilante. Agora, o som se mantém firme e constante.

É fundamental ressaltar que essa transmissão em caráter experimental e científico é realizada com apenas 1,1 kW a partir do Parque do Rodeador, em Brasília, utilizando antena da Rádio Nacional da Amazônia. O teste de rádio digital da EBC, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações, é feito na banda de onda curta de 25 metros utilizando a frequência de 11910 kHz. Pois mesmo com apenas 1,1 kW, há reportes de escutas realizadas nos Estados Unidos, Canadá e em países da Europa.

A decisão de adotar o sistema de rádio digital DRM já deveria ter sido tomada há muitos anos, no entanto, ainda é tempo para que os radiodifusores, governo e indústria tomem consciência das vantagens deste sistema. Em vez entupir o dial do FM com emissoras migrantes do AM, o DRM permite que todas as faixas de frequência possam seguir existindo, porém com qualidade de áudio superior ao FM, envio de imagens e textos ao receptor e uma grande economia de energia elétrica ao radiodifusor.

Para se ter uma idéia, a transmissão analógica da Rádio Nacional da Amazônia é feita com dois transmissores de 250 kW. Lembramos que o atual teste digital é feito com apenas 1 kW e obtém alcance quase semelhante. Esse benefício na economia de energia não se dá apenas na transmissão em ondas curtas, mas em qualquer banda que se vá usar DRM. Para dar um exemplo, 0,1 kW seria suficiente para uma emissora local para cobrir uma cidade. Ou seja, o consumo de energia elétrica cai drasticamente. Detalhe importante, o transmissor utilizado no teste foi desenvolvido em Porto Alegre, pela BT Transmitters.

Em tempos de internet, muitos dirão que o rádio está superado e não há mais razão para investir no nosso mais antigo meio eletrônico de comunicação. Errado. É preciso investir num meio de comunicação eficiente que, justamente, não dependa da internet. Além de evitar possíveis problemas e instabilidades, o ouvinte não tem gasto nenhum, a não ser a aquisição do receptor. Ou seja, é o tradicional rádio recebido de graça e por todos. É o fortalecimento e a universalização da comunicação.

E a pandemia mostra outra lição. A necessidade de Educação a Distância (EAD) cresce e pode ser sustentada com uma infraestrutura mais barata e segura com o uso do DRM. Além do som, as imagens enviadas ajudam na explanação de conteúdos educativos.

Neste ponto, muitos lembram que não há receptores. Claro, foi assim também no surgimento da TV em 1950, na TV a cores em 1972, no rádio FM nos anos 1970, e na TV digital mais recentemente. Essas novidades não foram introduzidas com todos os brasileiros já possuindo receptores. A transição foi feita aos poucos em uma ação combinada entre radiodifusores, governo e indústria. Sempre foi assim. Por que seria diferente agora? Juntem governo, radiodifusores e indústria e isso será facilmente equacionado, com a oferta de receptores bons e baratos.

Portanto, apesar de todos os problemas pelos quais o país passa, agravados pela pandemia, não podemos deixar de pensar num futuro melhor para as comunicações. Internet é importante, sem a menor dúvida. Mas o rádio é uma alternativa fundamental por não depender de internet, ser barato e acessível a toda população.

Abaixo, confira vídeo da recepção da Rádio Nacional DRM feita no início dessa semana em Canela (RS). O receptor utilizado é um Morphy Richards, bem defasado, dos primórdios do DRM, que é um consórcio mundial com integrantes como BBC, Rádio França e Sony, só para citar alguns. Diversos países têm experiências positivas com o DRM, sendo amplamente adotado na Índia.

Nacional DRM captada no RS só com a antena telescópica

Fazia tempo que eu não ligava o receptor DRM Morphy Richards. No final da tarde desta quarta-feira (27/01/2021), a Rádio Nacional DRM em onda curta teve bons momentos de sintonia em Canela, no RS. Estava usando só a antena telescópica do aparelho. Até então, mesmo com uma antena longwire, só havia conseguido alguns lampejos de áudio. A novidade, pra mim, foi a linha de journaline, com as principais manchetes do dia.

É importante ressaltar que trata-se de uma transmissão experimental feita no Parque do Rodeador, em Brasília, com apenas 1 kW de potência na frequência de 11910 kHz, faixa de 25 metros. Além disso, Canela está nas costas da direção à qual o sinal é dirigido, que é a Amazônia. Ou seja, mesmo em condições nada propícias, o sinal está chegando.

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